Índia, final da década de 90. Insatisfeita com sua vida, Aklandeswari, ou apenas Akhila, indiana de 45 anos, solteira, sem filhos, provedora da sua família após a morte de seu pai, quando tornou-se responsável pelos três irmãos menores e a mãe, decide fazer uma viagem de trem num vagão apenas para mulheres, acreditando que aquelas vidas que encontrará ali dariam respostas a seus questionamentos e então decidiria seu próprio destino.
Ela poderia, como mulher, viver sozinha, sem marido ou filhos, ou teria de continuar com o peso da família em sua responsabilidade, sendo essa sua obrigação?
Então divide o vagão com outras seis mulheres, seis mundos, seis histórias, contadas cada uma em primeira pessoa, intercalando com sua própria história. Ali, as mulheres, casadas em sua maioria, com filhos ou não, traçam um retrato da realidade feminina no mundo masculino indiano, suas percepções de vida, paralelos de opiniões, sofrimentos, alegrias. Um mundo dos maridos, dos pais e filhos. Dá-se a narrativa os efeitos do tempo, as alterações que ele opera nos sentimentos e relacionamentos. Sonhos que se desfazem e transformam, vidas que são tocadas pelo tempo e seus efeitos.
Akhila percebe suas próprias fraquezas, erros, decepções, sua existência dedicada à família, esquecendo-se de si.
Busca naquelas mulheres respostas às perguntas que deseja saber: é possível viver sozinha e ser feliz ou mesmo tempo, sem um universo masculino que o norteie?
A resposta dá-se ao final da narrativa, com a decisão que toma.
Boa leitura!
Passagens e frases:
Como é que alguém sabe se ama, odeia ou é simplesmente indiferente a um homem? Como mede o que se sente? Com um tubo de ensaio ou uma pipeta? Com uma espátula ou balança de precisão?
O amor acena com um raro buquê. Pede-lhe que beba dele. E, então, queima a língua, os sentidos. O amor cega. O amor enlouquece. O amor afasta a razão das idéias. O amor mata. O amor é álcool metílico fingindo ser álcool etílico.
Todas essas mulheres (...) estão tentando dar algum sentido à sua vida falando sobre ela. E eu achando que era a única que buscava definir a realidade de minha vida. Elas precisam justificar seus fracassos, tanto quanto eu. Quando nos atiramos à trama das vidas, estamos tentando nos sentir menos culpados pelo que somos e pelo que nos tornamos.
...Mas acontece que o coração é uma pulseira de cristal. Um minuto de descuido e ele se espatifa... (...) E, no entanto, continuamos usando pulseiras de cristal. Cada vez que se quebram, compremos outras, na esperança de que durem mais que as anteriores. Como as mulheres são tolas! Devíamos usar pulseiras de granito e transformar nosso coração nesse mesmo material. Mas elas não refletiriam a luz desse jeito tão bonito, nem soariam com a mesma alegria...
O que é o amor, senão uma necessidade disfarçada?
Ela poderia, como mulher, viver sozinha, sem marido ou filhos, ou teria de continuar com o peso da família em sua responsabilidade, sendo essa sua obrigação?
Então divide o vagão com outras seis mulheres, seis mundos, seis histórias, contadas cada uma em primeira pessoa, intercalando com sua própria história. Ali, as mulheres, casadas em sua maioria, com filhos ou não, traçam um retrato da realidade feminina no mundo masculino indiano, suas percepções de vida, paralelos de opiniões, sofrimentos, alegrias. Um mundo dos maridos, dos pais e filhos. Dá-se a narrativa os efeitos do tempo, as alterações que ele opera nos sentimentos e relacionamentos. Sonhos que se desfazem e transformam, vidas que são tocadas pelo tempo e seus efeitos.
Akhila percebe suas próprias fraquezas, erros, decepções, sua existência dedicada à família, esquecendo-se de si.
Busca naquelas mulheres respostas às perguntas que deseja saber: é possível viver sozinha e ser feliz ou mesmo tempo, sem um universo masculino que o norteie?
A resposta dá-se ao final da narrativa, com a decisão que toma.
Boa leitura!
Passagens e frases:
Como é que alguém sabe se ama, odeia ou é simplesmente indiferente a um homem? Como mede o que se sente? Com um tubo de ensaio ou uma pipeta? Com uma espátula ou balança de precisão?
O amor acena com um raro buquê. Pede-lhe que beba dele. E, então, queima a língua, os sentidos. O amor cega. O amor enlouquece. O amor afasta a razão das idéias. O amor mata. O amor é álcool metílico fingindo ser álcool etílico.
Todas essas mulheres (...) estão tentando dar algum sentido à sua vida falando sobre ela. E eu achando que era a única que buscava definir a realidade de minha vida. Elas precisam justificar seus fracassos, tanto quanto eu. Quando nos atiramos à trama das vidas, estamos tentando nos sentir menos culpados pelo que somos e pelo que nos tornamos.
...Mas acontece que o coração é uma pulseira de cristal. Um minuto de descuido e ele se espatifa... (...) E, no entanto, continuamos usando pulseiras de cristal. Cada vez que se quebram, compremos outras, na esperança de que durem mais que as anteriores. Como as mulheres são tolas! Devíamos usar pulseiras de granito e transformar nosso coração nesse mesmo material. Mas elas não refletiriam a luz desse jeito tão bonito, nem soariam com a mesma alegria...
O que é o amor, senão uma necessidade disfarçada?
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