sexta-feira, 22 de maio de 2009

Virgínia Woolf fala sobre o sentir-se doente

Virginia Woolf escreveu:

"Considerando como a doença é comum, como é tremenda a mudança espiritual que traz, como é espantoso quando as luzes da saúde se apagam, as regiões por descobrir que se revelam, que extensões desoladas e desertos da alma uma ligeira gripe nos faz ver, que precipícios e relvados pontilhados de flores brilhantes uma pequena subida de temperatura expõe, que antigos e rijos carvalhos são desenraizados em nós pela ação da doença, como nos afundamos no poço da morte e sentimos as águas da aniquilação fecharem-se acima da cabeça e acordamos julgando estar na presença de anjos e harpas quando tiramos um dente, vimos à superfície na cadeira do dentista e confundimos o seu "bocheche... bocheche", com saudação da divindade debruçada no chão do céu para nos dar as boas-vindas - quando pensamos nisto, como tantas vezes somos forçados a pensar, torna-se realmente estranho que a doença não tenha arranjado um lugar, juntamente com o amor, as batalhas e o ciúme, por entre os principais temas da literatura".

Este é um trecho de seu livro "Acerca de estar doente".

Virginia Woolf foi uma das mais importantes escritoras britânicas. Ela sofreu de doença mental desde a adolescência, apresentando episódios depressivos associados ocasionalmente a sintomas psicóticos (alucinações auditivas). Durante as fases depressivas ficava acamada, recusando qualquer alimento, com idéias delirantes de culpa e de auto-referância, além de sintomas somáticos (intensas cefaléias que a incapacitavam para qualquer atividade intelectual).

Em 1941, após diversas tentativas de suicídio, num episódio grave de depressão, Virginia Woolf se afogou em um rio, no Sussex, Inglaterra.


Contempla as palavras!


(...) “Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse, pela resposta, pobre ou terrível, que lhes deres: Trouxeste a chave? (...)

(Procura da Poesia – Carlos Drumond de Andrade)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Relatividade


Einstein procurou explicar de forma bem-humorada sua complexa teoria da relatividade para leigos com esta frase: “Quando você está cortejando uma moça simpática, uma hora parece um segundo. Quando você se senta sobre carvão em brasa, um segundo parece uma hora. Isso é a relatividade.”